A necessária restauração de um patrimônio artístico de BH

Há muito tempo, as abstrações geométricas e as cores vivas do mural modernista da fachada do Detran já não são as mesmas e perecem cada vez mais com a passagem do tempo. Hoje, de acordo com uma matéria publica no jornal Estado de Minas nessa quinta-feira, faltam 57 azulejos e sobram rachaduras nesse painel construído ainda na década de 50, que faz parte junto com o próprio prédio do Detran do entorno da Praça da Liberdade, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) e sob proteção específica do Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio.

 

Ao ler essa matéria, concordei de imediato com a necessidade de restauração desse mural artístico, já que reconheço a importância dessa obra para a Savassi, para Belo Horizonte e para os cidadão e amantes da arte. Sei muito bem que nossos patrimônios devem ser cuidados e foi exatamente por ter essa noção que apoiei o projeto de lei 1571/ 2011, de autoria do executivo, que pretende criar o fundo de proteção ao patrimônio cultural da cidade. Essa proposta foi aprovada em primeiro turno pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, e ainda tramitando na câmara. Ela teve e terá todo meu empenho para que ela vire uma lei, a fim de que casos como o descaso com o mural do prédio do Detran se tornem mais raros.

 

Uma coisa que me tranqüilizou foi saber que o projeto de restauração logo será enviado ao Iepha e que a execução dos serviços irá começar no início do ano que vem. E como ele e o prédio ainda não fazem parte do circuito cultural da Praça da Liberdade e não há planos para transformá-lo em museu, acredito que esse possa ser um próximo passo em prol de BH.

 

Confira a matéria: http://t.co/XX7HSRr

Obra do artista modernista mineiro Mário Silésio (1913-1990)